Primeiramente, o que é uma
música? Existem diversas definições da mesma, desde as mais objetivas até as
divagações filosóficas. Genericamente falando, uma música é o conjunto de sons
que tenham sinergia entre si.
A música se faz presente na história
da humanidade desde a pré-história. Apesar da imprecisão acerca do primeiro
tipo de música (vocal ou instrumental), pode-se assumir que com o
desenvolvimento cognitivo e a habilidade de manipular materiais influenciaram
no surgimento do fenômeno assunto dessa postagem. De seu surgimento até hoje a
música evoluiu de forma notável, contudo, até o século XX havia uma determinada
preocupação em distinguir a música do barulho (caracterizado por sons a-ritmados
ou canções verdadeiramente mal elaboradas/executadas), todavia, hoje em dia
nota-se que este cuidado não é mais tão primordial.
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Ilustração pré-história semelhante a dança, ou ela mesma de fato. |
De acordo com Prof. Hélio Pothin,
doutor em Fisiologia, “o córtex pré-frontal é responsável pelo raciocínio,
pensamento, razão, consciência, vontade, capacidade de decisão, etc. Para
realizar essas funções ele recebe impulsos nervosos de outras partes do sistema
nervoso central”. Ou seja, o modo de agir do homem pode ser influenciado pelas
músicas que o mesmo escuta.
Além do poder de influência que
tem sob o homem, a música também se apresenta como uma grande ferramenta para
tratamentos de saúde e prevenção de doenças. Segundo especialistas, as músicas
podem ajudar no tratamento da dor enquanto o paciente se recupera de uma
cirurgia, na reabilitação de indivíduos que sofreram um AVC (Acidente Vascular
Cerebral) e ficaram com sequelas (algumas delas podendo acarretar dores
crônicas).
Determinadas áreas do cérebro,
sobre efeito da música, são responsáveis pela liberação de substâncias no
organismo. Algumas das substâncias liberadas podem influenciar na já natural
selvageria do homem (como a adrenalina, por exemplo), enquanto outras originam
a sensação de prazer e bem estar.
A musicoterapia é a consolidação
da música como instrumento benéfico à saúde, pois, evidencia a real possibilidade
de reabilitar e prevenir doenças por meio de sons. Atualmente, muitos médicos
fazem uso da música como expediente terapêutico em patologias como a
hipertensão e o cancro, e advogam que o método é um excelente complemento do
tratamento convencional, capaz de reduzir a consequências da doença e, por fim,
o consumo de analgésicos e sedativos.
Este tipo de terapia vai muito além do uso da música como um
tranquilizante. Pesquisas afirmam que o tratamento deixa o enfermo
emocionalmente mais forte, ajudando-o a lidar melhor com os sintomas de sua
mazela.
De acordo com Pitágoras (filósofo
grego), a terapia através da música é sinonímica ao conceito de purificação.
Segundo ele, a música curativa destina-se a equilibrar, ou reequilibrar, as
quatro funções básicas do ser humano: Pensar, Sentir, Perceber e Intuir.
Portanto meus caros, façam suas playlists e fujam desse mundo doente,
descompassado e cruel. Busquem seu equilíbrio.
Agradecimentos:
Aline do Amor Divino, que indiretamente me deu a ideia de escrever sobre música.
Hoiaquenalyra Fonseca, que foi a primeira pessoa que começou a ler o que eu escrevia e me incentivou a continuar.
Lucas Guimarães, que foi a primeira pessoa a ler a versão final do texto.
Material de apoio: